Tenho pensado. Mais que tudo pensado mesmo. Daquele jeito que fazemos quando praticamente agimos em pensamento.
Começo a ver os fatos se repetindo em minha vida e percebo que talvez esteja fadada a morosidade sentimental.
Acabo de fazer um teste daquele tipo “quiz” de internet. Aqui diz que vou morrer em 8 de janeiro de 2025, e que o motivo da morte é “amor perdido”. Vou me sentir solitária e então vou querer me matar de tanta dor.
Morrer com 42 anos, definitivamente não estava em meus planos! Logo agora que estava pensando em dar um up em minha vida, remodelar o corpo e colocar as feridas em seu devido lugar, buscar meus sonhos. Não sei se essa notícia me deu fôlego ou me desanimou.
Melhor não me ater a esses pequenos detalhes.
E pensando no que realmente interessa o presente, escrevo mesmo para te avisar que algo esta morrendo mesmo: nosso amor esta na UTI.
Morte lenta e silenciosa. Conheço o cheiro que ela tem, por isso afirmo com tanta convicção.
Os órgãos vitais desse amor já se encontram doentes. O coração não quer mais dar pulinhos de alegria quando te vejo. O cérebro não mais quer buscar soluções inteligentes para os nossos problemas... já os ferormônios estão sentados, entediados, em busca de alguma reação súbita de ocitocina.
Aquela sensação de medo, de perda, de ciúmes, agora estão aprisionados pela razão, não mais se manifestam como proteção. A boca perdeu a salivação, cansa em poucos beijos e se cala por não mais ser necessária em meio a tantos debates... achou-se repetitiva.
Não há motivos para grandes sensações. As borboletas do meu estômago deixaram de bater asas, parece uma estranha aberração da ciência, voltaram ao que eram: casulos... Nos vamos morrer!
Bem que eu tenho ensaiado um alerta, um aviso, um outdoor em neon. Tenho clamado pra que venha comigo, mas tem sempre você querendo o impossível, deixando esse amor com overdose, aplicando o inimigo tempo a todo sintoma de infecção. Crendo em um tempo infinito do qual eu não tenho forças pra suportar.
Na morte busca-se a culpa. A culpa do fracassado, o relapso do covarde, a ira do injusto... mas não vou cair nessa teia. Não deixarei que o fim seja como foi o meio. Alguma hora nessa historia eu sentirei a glória, que seja aqui! Aqui nesse fim.
Pensando bem morrerei ainda muitas vezes ate chegar 2025.
Imagem do Blog "café com canela"
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