quarta-feira, 6 de outubro de 2010
CASTELO FLORIDO
Era meu aquele castelo.
A cor dos girassóis reluzida nas paredes,
Portões largos e seguros
Guardavam meus grandes orgulhos.
O tempo passou com graça
Naquelas translúcidas vidraças espelhei meu mundo,
Daquelas grandes portas,
Abriu-se o meu futuro...
Olhando o presente, muitas vezes sorrindo engoli o choro.
Desculpe-me, meus amados,
A vida trás em seus ventos certos abalos.
Sempre me encanto com o irreal,
E tudo de fascinante habitava naquele castelo.
Sonhos erguidos em madeira e folhagem,
Sorrisos comprimidos em serragem.
Um dia tomaram-me aquela visão,
Fui morar em outros campos
Longe da fúria da ambição
Rindo apenas razão.
O cavalheiro e o seu mar azul
Mudaram-se das paredes de girassóis,
Precisavam conquistar outro lugar,
Outros tronos foram reinar.
E assim fiquei a observar,
Incrédula com a força do amor,
Com a veracidade do tempo,
Com o necessário passaporte de partida.
Olhos cor jambo e olhos cor mar
Concluíram os seus papeis
Deixaram-me um legado único e sensato,
Meus amores fiéis.
Por mais que eu não tenha tanto me esforçado,
Meus amados, sempre me presentearam
Lagrimas nunca rolaram
Aquelas doces almas me alegravam.
O que pode haver de mais valioso do que um sorriso?
Gargalhadas e risos,
Foi o que mais souberam fazer.
Amar e sorrir... Um castelo florido ergueram dentro de mim.
Eu e vocês...enfim!
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário