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segunda-feira, 22 de março de 2010

Amor Bossa Nova



Hoje é um daqueles dias que invoco com uma musica e não quero mais parar de ouvi - lá. Também é um daqueles dias que não paro de pensar em você... Esses dias que sou capaz de jurar que a vida não faria sentido sem seu amor, onde imagino até mesmo um altar como paraíso pra nos dois.
Aí, daqueles dias que me pego sorrindo pra desgraça, que me amo mais do que deveria que posso sentir o amor escorrendo até mesmo nas lágrimas. “Why I’m in love now, I don’t know...” e é bom não saber. Naquele ritmo Bossa Nova by Manoel Carlos, calçadão, água de coco, vida ganha... Me recordando de uma vida que ainda não vivi. Remando o barco como manda a maré, você com olhos rasos, apertados por seu sorriso, pela falta de pele pra tanto sorriso. Eu com cabelos ao vento, com carão pro horizonte, um óculos autoconfiança, com pele dourada de quem saciou melanina em taça de champanhe. A gente só tem que navegar para o nada, pois navegar é preciso e viver não. Um pouco de nicotina no intervalo dessas sensações para ver se o sentimento se prolonga.
No próximo toque de telefone volta tudo ao normal. Eu me lembro que estou no escritório cuidando de problemas alheios enquanto escondo os meus na gaveta de chaves, chaves que só eu tenho, e o MSN me lembra o quão distante você esta de mim e nos estamos do mar da Bossa Nova.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Fight.





Com ar e coragem inflados no peito mantive o pensamento firme na questão. É isso mesmo, quero um murro! Daqueles dados sem palavras grossas de amor ao avesso, aquele do tipo seco e sem motivo pessoal, desferido apenas para machucar e abrir uma fixa cadastral no próximo posto médico. Descobri-me doente, estou com o letal tumor do TÉDIO;
“Classificação morfossintática: - (tédio) substantivo masc. Singular. Repugnância; aborrecimento; desconsolo; quando não se deseja estar sem fazer nada.”
Um murro seria um remédio para doer onde não se sente mais, para vibrar minhas cordas vocais, para repuxar os músculos do meu rosto ou quem sabe arrepiar os cabelos dos meus braços. Um murro na boca para acordar a gana, o faniquito, o desespero, a raiva. Toda essa gama de sentimentos que fazem com que corramos sem saber pra onde, para simplesmente saber que estamos vivos e salvos do nada, do breu. Um pouco de sangue, meu próprio corpo sentindo seu gosto, uma fome de mim mesma pra finalizar o drama, fechar a porta do labirinto escuro.
Quando se sabe doente se enxerga a ironia, todas as placas de sinalização na rua escrevem em símbolos a palavra tédio, toda revista tem estampada a foto de alguém com cara de cu, a guarda de transito boceja na faixa branca, o pedreiro cochila no andaime, tudo se torna tedioso.
Twittar poderia me salvar por alguns minutos – “What´s Happening”, aliás, é muito estimulante para quem sofre de “tediosidade aguda”. E no primeiro post: - “O tédio lhe chama a atenção para o fato de que você estagnou, parou de crescer e de ouvir”. E começa a luta: Tédio, por finalização. Luanda, por nocaute. Tédio, por pontos. Um murro na boca do estomago. Luanda vai à lona!
Um murro terrível. Impossível de perdoar, impossível de ser amor, impossível de continuar. Então agora vou dormir ao seu lado sem me preocupar com o fato de você ser meu, posso também desligar a TV, o celular, posso programar a próxima derrota, pois já levei o murro.
A dor abriu meus olhos, me curou do abismo do nada, das perguntas sem respostas, dos caminhos sem ida, da dúvida inerte, do tédio da impotência.
Eu tenho o que fazer com o que me entreter, vou curar a dor do murro.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Ontem eu chorei.



Ontem eu chorei.
Voltei pra casa, fui para o meu quarto, sentei na beira da cama. Chutei os sapatos, desabotoei o sutiã e caí no choro.
Quero que você saiba que eu chorei até meu nariz escorrer molhando a blusa de cetim que comprei na liquidação.
Chorei até minha cabeça doer tanto, que eu mal via a pilha de lenços de papel no chão aos meus pés.
Quero que você saiba que ontem eu chorei pra valer. Ontem, eu chorei por todos os dias em que estive ocupada demais, ou cansada demais, ou com raiva demais pra chorar.
Chorei por todas as vezes que desonrei, desrespeitei e desliguei meu Eu de mim mesma. Mas meu Eu se refletiu de volta pra mim quando os outros fizeram comigo as mesmas coisas que eu já fizera comigo mesma.
Chorei por todas as coisas que me foram roubadas, por todas as coisas que eu pedi e que não consegui receber, por todas as coisas que, depois de conquistar, eu dei a outras pessoas em circunstâncias que me deixaram vazia, gasta e exaurida.
Chorei porque realmente chega um momento em que a única coisa que nos resta é chorar.
Ontem, eu chorei.
Chorei, porque feri alguém. Chorei, porque fui ferida.
Chorei porque a ferida não tem pra onde ir senão até o mais fundo da dor que a causou, e quando chega lá a dor acorda você.
Chorei porque era tarde demais.
Chorei porque tinha chegado a hora.
Chorei porque minha alma sabia que eu não sabia que minha alma sabia tudo que eu precisava saber.
Chorei um choro espiritual ontem, e esse choro me fez muito bem. E me fez muito, muito mal.
Em meio ao meu choro, senti minha liberdade vindo, porque ontem, eu chorei sobre cada momento da minha vida.

terça-feira, 9 de março de 2010

Para Minhas Amigas

Se ao menos eu tivesse a doçura de tua voz... Tão estúpida é a minha.

Até que eu tenho ensaiado um progresso, cultivado uma serenidade que nunca condiz com minha maturidade. Mas vou até o fim!

Será que estive predestinada a ser toda ruim, toda austera e falastrona?!

Calar minha voz é como calar um rouxinol. A minha fala além de seu tom forte tem uma mania boba de ser ouvida, eu poderia falar as paredes, falar no chuveiro, falar pra dentro de mim... Arrogância que não me deixa enxergar no claro.

Pra nunca dizer que nunca tentei hoje falho.

Falho pra mostrar essa fraqueza que tantos tentam enxergar em mim. Tolice pensar que sou mesmo assim, ou que não sou nada disso, sou quem eu nunca pensei ser.

Duvido que não seja assim com vocês, o que hoje pouco me importa.

Decidi!

Agora começa a viver dentro de mim alguém que sempre vai se mostrar em minha cara, resolvi virar o barquinho de papel, testar sua fragilidade e sua clara impotência diante da realidade.

Teoricamente fui feliz, forte, mulher, bonita, chique, moderna, amigável, e inteligente. Sinceramente não sei de onde saiu tanta coisa.

Entendi que todas as respostas que procuramos estão bem debaixo do nosso nariz.

Entendi que você recebe do mundo aquilo que esta transmitindo, e isso me trouxe a vergonha de ser uma vitima do sistema.

Entendi que amar a mim mesma é me sentir viva e como toda pessoa que aprende a enxergar o obvio e apanha pra aprender a praticar toda essa teoria, cá estou eu na missão ingrata de transmitir isso a alguém através das palavras da mesma forma que eu fiz para aprender.

E já sei do resultado: não vai ajudar ninguém.

Talvez eu escreva mais para ter o prazer de informar que a teoria e a experiência alheia nunca levam as outras pessoas pra frente, pois quando alguém decide aprender através da experiência do outro, essa pessoa já esta velha demais e calejada para sentir a graça disso. Não se produziu ser capaz de aprender com o tombo do da frente... É preciso queimar a mão pra entender a capacidade do fogo.

Pode estar a aí a graça da vida, a explicação pela qual muitos perdem tempo e paciência nessa busca.

Sinceramente, é um saco achar o obvio.

Quando se cai na real de que a vida tem um preço fatídico e observado apenas nas alíneas e na dualidade das coisas, acaba-se morrendo pra nascer de novo.

Além de encarar a verdade traiçoeira, vê-se ridicularizado, emburricado e isso não traz sensação prazerosa ao coração.

Chega à hora de renovar o semblante e feliz daquele que sente a hora chegar.

Ganha a oportunidade de renovação, de segunda chance.

Informo assim que nasce em mim o prazer único e nem um pouco modesto de vencer!

Vencer! Assim, como as irmãs vitória e glória.

Assim como aquilo que fazemos por nossas próprias mãos.

O tempo me assustou há pouco, apesar ter sido apenas um gritinho não quero ter que escutar o berro.

Estou com comichão, vontade louca de enlouquecer, fugir das regras, poder agir como os grandes de coração fazem.

Fala sério, eu sei, o principio da publicidade me chama muita atenção sim. Não é à toa a noticia dada a vocês...

Adoro os holofotes, nunca os temi.

É que nem sempre tem graça dar notícias de coisas que se podem ver a olho nu e a presença de vocês me inspira, me traz paz, me traz a noção da qualidade de vida que tenho e que posso vir a ter. E claro traz publicidade ás minhas idéias estranhas.

Motivação tem a cara de todas nos juntas!

Seguindo a regra das minhas teorias, um muito obrigada... “Pra nunca dizer que não falei das flores”.

Sempre que o estado de felicidade, ou qualquer outro invadir vocês, divida isso com quem vale a pena rir da sua cara de boba!

Amooooooooooooooooooooooooooo...

Obs.: só me digam quem eu sou se for extremamente necessário.

Gosto da oscilação do meu espírito. Alma inquieta, ávida de amor.

quinta-feira, 4 de março de 2010



Dia de chuva. Me sinto com os cabelos arrepiados....coisa antinatural depois de uma sessão no cabeleireiro tentando fazer com que meus fios castanhos ficassem mais vistosos. Me enrolei toda em uma Pashimina cor de “burro fugido” para fugir de milhares de pingos entre meu carro e sua casa. Ai, como é desaforado!
Não rubra nunca ao me receber na soleira da porta como veio ao mundo. Até gosta. Tem um prazer mórbido em ver minha cara de pré-adolescente. Já sobi e desci aquele território tantas vezes e sempre parece a primeira vez. Você é tão vencedor, sabe a arte de provocar. O vento vinha recheado de água, aquela fria e bem direcionada para os meus fios de cabelo mais rebeldes. Vi uma vez na TV que correr em baixo da chuva molha mais do que andar sob ela. Sempre faço o percurso do meu carro pra sua casa me lembrando dessa regra e a quebro. Corro, corro numa ansiedade fulminante como se tudo fosse fugir se eu não corresse, como se você não fosse atender a porta por causa de um passo mais lento. Da garagem já abro a porta e o alivio vem quando a encontro destrancada, ontem não. Ontem chovia vento e foram longos 30 segundos de espera.
Vejo que sou tão fraca diante dos pingos gelados como sou diante do seu sorriso atrasado. A sua autoconfiança impermeável, aquela cordinha da alegria a qual você agarra porque tem medo do que se passa abaixo de seus pés. Eu já me acostumei com as poças... poças de lágrimas, de risos, de anúncios para grandes abismos. Vendo na soleira o corpo seminu me fez sentindo, você esta certo em exibir ao mundo tantos dentes e tão brancos. Como a mão que para o tempo eu senti um solavancar em minhas cadeiras e só me dei conta que os pingos haviam cessado quando, envolta em seus braços você já tinha me contagiado com loucura. Eu não sou louca, eu só não tenho pele para me proteger e quando você toca em mim eu sinto seus dedos e olhos e salivas deslizando por todos os meus órgãos. E você não pode entender o medo que isso me dá. Nem doar sangue posso porque não tenho peso e afinal fica eu aqui, com medo das horas, dos sons dos telefones, dos pingos na escova do meu cabelo. Me furto ás preocupações, surto com a alegria que futuramente possa sentir. É hora de ir encarar a chuva. Busco um guarda-chuva para amenizar a cara de pintinho molhado saindo do lixo da fazenda vizinha, e você me vem com mais essa: que você até tinha um, mas que eu já havia feito esse pedido e quando voltei com seu guarda-chuva ele estava quebrado. Devolvi estragado. Me falta fino trato. É pra acabá!