quarta-feira, 29 de setembro de 2010
TEMPO: MEU CLICHÊ PREFERIDO
A vida é curta!
Quantas vezes já escutei esse clichê, fora as vezes que ele saiu da minha boca...
Ainda não assimilei a falta de tempo que há entre nós.
Ainda não consegui entender porque todos trabalham tanto enquanto a vida curta é esquecida.
Ainda não cresci o suficiente, ou não nasci no lugar certo?!
Pra que respostas, elas gastam tempo demais, um tempo precioso e fulgas.
Porem enquanto ainda usamos esse tempo para nos desgastarmos o melhor a fazer é perguntar e relaxar.
Procurar é sempre algo que arrumamos para gastar esse tempo, o tempo que reclamamos nunca dar tempo.
Haverá um dia, e talvez eu já não esteja aqui pra ver, que as pessoas vão se importar com que realmente é faz a diferença.
Por culpa de tanta pergunta talvez o mundo tenha chegado aonde chegou: preocupação demais com o irreal, nomeado erroneamente como realidade. Chegam a ter certeza de que já esta tudo indo bem, e chamam isso de modernidade.
Acordam cedo para trabalhar e se confortam com mais um clichê: “Deus ajuda quem cedo madruga”, e saem para luta, para a turbulência real de suas vidas mecanizadas.
Deparam-se com o extremo das coisas, com a falta de equilíbrio, pois agora faltam perguntas e sobram respostas.Não sabem em que acreditar!
O tempo é consumido e o resto do mundo esquecido.
Não falo do mundo a nossa volta e sim aquele mundo que quase ninguém ao se acordar lembrou-se de cuidar: o seu mundo interior.
Ou cuidam demais a ponto de se esquecerem dos demais, ou cuidam de menos a ponto de se perderem de si mesmos.
O tempo é a gente quem faz?
Não, sinceramente eu ainda não pude responder a essa pergunta e ainda não arrumei um clichê para me apegar, para me fazer ficar quieta e não pensar em como as coisas poderiam ser diferentes.
Particularmente, como um ser humano descartável que sou não sei fazer meu tempo.
Não sei quem foi, mas sei que tentou colocar muita razão em minhas perguntas, ao invés de fazer-me acreditar em meu coração.
Claro, acreditar no que não se vê, há muito tempo deixou de ser moda, mas nunca deixou de ser loucura.
Uma coisa eu creio que aprendi bem, escutar muita gente é se esquecer, e o tempo é curto demais.
Não vou passar esse tempo irrenovável, achando que me matando de trabalhar ou de me envolver demais em assuntos frívolos, frios e sem porquês, eu estarei contribuindo para minha passagem por aqui, porque não vou estar não.
Vou estar perdendo a minha melhor aventura, a minha maior chance que é estar vivo e poder fazer o que eu bem entender para ser feliz.
Eu quero a magia de me deitar a dois, de me gabar depois da minha escolha esquisita.
Quero ser estranha aos outros olhos se assim é que vou conseguir ser feliz, quero conhecer outros olhos e enraizar os meus nos dele.
Quero viver sem medo de o tempo me consumir, sem medo de ter que lutar pra conseguir muito dinheiro pra poder sorrir.
Quero viver com os detalhes e com a simplicidade de não ter que acordar e orar pra que o dia passe rápido, pois estar na posição de inimiga do tempo é perder sempre a batalha.
Quero amar sem medo, de ficar sozinha depois que o dia raiar,
A vida é minha, mas ela tem espelhos que me mostram o que de bom esta a me rodear... É deles que eu tenho que cuidar.
Não pretendo me perder em meio ao meu pouco tempo, sei que não vou viver muito, nem vou viver pouco, eu vou viver o tanto que devo para realizar o suficiente pra me agradar, pra te agradar, para agradar eles e elas para agradar a nós.
Quero sempre estar acompanhada para não precisar olhar no relógio, e perceber que deixei o meu tempo em cima de uma mesa cheia de papeis e problemas que nunca valem a pena ser resolvidos.
Quero olhar para as bocas e ver nascer sorrisos:
Os pagamentos para o meu escasso tempo perdido ou vivido.
Afinal de contas, toda essa falta de tempo é pra descobrir o que realmente somos... Esquecemos que temos a resposta dentro de nós mesmos. E não vamos achá-la enquanto não pararmos de nos gastar, de nos ocupar com o que não precisa de nossa atenção, de nos escondermos dentro das nossas aflições.
Sejamos nós mesmos...
Eu só preciso saber quem sou!
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