terça-feira, 28 de setembro de 2010
COMO GIRASSÓIS
Eu não te peço perdão por te amar de repente
Meu amor é um velho conhecido seu.
Das noites que passei a emaranhar os teus pensamentos
Bebendo da tua boca o mais doce veneno.
Das horas que me iludi com tua chegada
Da triste partida dos teus passos, sempre em fuga.
Trago em mim a tardia melancolia
Dos que teimam a se revoltar com o fim.
E posso dizer que as lágrimas que deixo
Não trazem a graça fácil do seu perdão,
Que rotinamente tortura, surpreende e intriga,
Com um olhar enjeita qualquer fascinação.
Até tuas misteriosas palavras, raios de lata,
São sossego, são unção, um transbordar de emoção,
E eu com o coração só te peço que repouse
Sem fatalidade, compreenda os girassóis...
Flores desajeitadas e rústicas
Do tamanho desapropriado para um vaso
Se curvam em grau elevado apenas para contemplar os raios auto-suficientes do sol.
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